A evolução das tribos urbanas: Do Punk ao Emo.

domingo, 16 de janeiro de 2011
Por Deborah Guerra, Bruno Fernandes e Marcela Garbim.

   Na década de 80, surge do cenário punk uma nova tribo chamada Emocore. Com maneiras diferentes de se vestir, são pessoas que se emocionam por qualquer motivo, e, por isso, sofrem preconceitos. Passam parte do tempo isolados, quando não, reunidos em lugares afastados das outras pessoas.
   O termo emo surgiu em torno do gênero musical emotional hard core, que despontou na segunda metade da década de 1980 em Washington. O termo foi originalmente aplicado a bandas do cenário punk que tocavam rock com letras poéticas e românticas. Embrace e Hits of Spring são algumas das bandas que tinham esse estilo. No Brasil o gênero se instalou em meados de 2003 por forte influência americana e caracterizou o modo de agir e de vestir de adolescentes do país inteiro.
    Os Emos gostam de ouvir música de batidas pesadas como Screamo / Emocore com letras românticas. Um bom exemplo é a banda Alesana. No Brasil As bandas “emo” tocam um tipo de rock punk melódico, e estouram nas paradas de sucesso. As bandas desse estilo mais ouvidas são Nx zero, Fresno, For Fun e Strike.
    Fisicamente, podemos reconhecer um Emo pela franja que tampa o olho com o cabelo sempre esticado e de preferência preto; os olhos pintados de preto; as calças justas e de cores escuras; as camisetas de bandas ou de padrões à risca nos tons de vermelho, branco e preto. Os cintos de taxas, as luvas com os dedos cortados e os pins também são frequentes neste estilo assim como o tênis All Star. Isto tanto se aplica para os meninos como para as meninas, o que explica a dificuldade que algumas pessoas têm em distinguir os dois sexos.
    Essa tribo se auto define como um grupo de adolescentes sensíveis, carinhosos, sem preconceito, que curtem o emocore, uma vertente do punk com som pesado, mas com letras românticas. Na maioria das vezes estão na faixa dos 14 aos 20 anos. Para quem vai mais fundo na proposta, existe também a atitude, emos autênticos têm facilidade para demonstrar os sentimentos. É comum, por exemplo, ao se encontrarem, trocarem longos abraços, beijos e elogios. Chorar ao som de uma determinada música também faz parte, mas há exceções. Nem todo fã de emocore chora e adota esse visual emo.
    A atitude mais sensível e a liberdade em expressar sentimentos tornaram os emos  alvo de preconceitos. Quase sempre os emos são principalmente criticados por tribos como Punks e skinheads radicais, que são totalmente contra o comportamento sentimental dos emos. Pessoas aqui no Brasil levam muito a sério o preconceito contra essas pessoas pelo jeito de se vestir, falar e andar para muitos os ‘’emos’’ são homossexuais, o que nem sempre é verdade, porém Os emos garantem que são pacíficos, não procuram briga e acham um absurdo as agressões cometidas por punks e outros grupos.
    Na cidade de São Paulo, para encontrar essa turma, basta ir nas tardes de sexta ou aos sábados na Galeria do Rock, local preferido dos emos. Os mais novos também circulam por shoppings de São Paulo, como o Anália Franco e o West Plaza. Não há dia definido, mas a maior concentração ocorre geralmente aos sábados.

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