Mais que um esporte, um estilo de vida

domingo, 16 de janeiro de 2011
Por Sarah Pazetto e Marina Contiero.
    Nascido nos Estados Unidos, na Califórnia,  por surfistas cansados de  surfar apenas em ondas , inventaram uma prancha que também poderiam surfar em maré baixa. Ao longo dos anos, o skate tornou-se um esporte popular, ocorrendo campeonatos nacionais e mundiais da modalidade. Hoje em dia, o skate é considerado uma, em meio a tantas tribos, pois a prática desse esporte é também uma forma de expressão, em que buscam, através de manobras radicais, quebrar barreiras e desafiar as leis da gravidade com muito estilo,trata-se também de uma subcultura, ou mais que isso, um estilo de vida.
    Após os anos 80 os skatistas criaram sua moda, adotaram um estilo próprio de se vestirem. Calças largas – sempre uma numeração maior, gancho caído, bolsos e panos leves, para dar movimentação, juntamente com sobreposições de camisetas igualmente largas, geralmente com algumas estampas ou cor. É marca registrada, inclusive, uma parte da cueca (ou calcinha) aparecer por cima da calça, já que são largas e os movimentos são muito bruscos.
    Entre os acessórios utilizados pelos integrantes dessa tribo encontra-se: Os bonés, que são indispensáveis para a montagem do “look skate”, a utilização de tênis também é importante. O modelo mais comum é o de formato arredondado, nas versões em cano longo ou não.
Os detalhes decorativos – recortes, aplicações – são inspirados em elementos provenientes da arte urbana, podendo explorar cores contrastantes. A utilização de correntes pesadas em metal já dá conta de demonstrar a transformação do estilo. No geral, é um estilo simples e urbano.
     O gosto musical do skatista reúne influências de vários gêneros, no entanto a vertente mais forte entre os acordes pesados do hardcore é o ritmo apressado e bruto do punk, com certeza o punk rock acabou sendo a forma de expressão musical mais importante para essa tribo.
Contudo, atualmente outros estilos musicais também são bastante associados ao esporte e à tribo, como o hip hop, rap e o reggae.                                                                                                                   
    Outra coisa que também faz parte da ‘cultura’ dessa tripo, são as gírias,como: AM: (Amador,  ou seja, não profissional), Basudo: (Skatista que sabe bem do que faz, que tem base), Boca: (Algo que não é legal), Bungee skate: (Skatista que pula de Bungee Jump a partir de um skate) , Cabrero: (Manobra difícil em obstáculo grande) , Cas-quatro: (Manobra executada com perfeição) , Fazer session: (Sair e andar de skate), Freestyle: (Modalidade do skate praticada no piso sem obstáculos), Manobra casca: (Manobra difícil) , Moment: (O ponto alto da manobra) , Roubada:( Manobra mais ou menos. Acerta-se a manobra mas não com perfeição), Tomar vaca, capote ou hang up:( cair).
    Os skatistas , assim com a maioria das pessoas que fazem parte assumidamente de alguma tribo, e que expressão através de sua forma de falar , pensar , e se vestir o que gostam que querem e o que as faz bem , não são bem vistos perante a sociedade .Os skatistas são vistos como marginais  vagabundos e desocupados. São vistos pela sociedade como ‘largados’, ou até chamado de marginais, ou seja, são vítimas de preconceito – algo corriqueiro no universo das tribos. É importante lembrar que também há preconceito até mesmo entre os esportistas. Muitos garotos não aceitam que meninas também andem de skate. Essa é uma das barreiras que ainda tem que ser quebradas nessa tribo.


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